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Mangalarga Marchador

Raça definida pela miscigenação de cavalos. De um lado Lusitanos para servir a corte Portuguesa no Brasil que, cruzados com éguas comuns existentes na época da colonização de nosso País, deram origem a esse novo cavalo. Os cavalos do Rei de Portugal (coudelaria Alter Real), animais puros da raça Lusitana transferiram muita genética a essas éguas formadoras dos plantéis das grandes fazendas da época em sua maioria de raças ibéricas (berberes).

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Em 1812, Gabriel Francisco Junqueira (o Barão de Alfenas) iniciou sua criação de cavalos cruzando garanhões da raça Alter com éguas comuns da Fazenda Campo Alegre, situada do sul de Minas Gerais. Como resultado desse cruzamento, surgiu um novo tipo de cavalo que acreditamos foi denominado Sublime pelo seu andar macio. Esses cavalos cômodos chamaram muito a atenção, e logo o proprietário da Fazenda Mangalarga trouxe alguns exemplares de Sublimes para seu uso em Paty do Alferes, próximo à Corte no Rio de Janeiro. Rapidamente tiveram suas qualidades notadas na sede do Império – principalmente o porte e o andamento – e foram apelidados de cavalos Mangalarga numa alusão à fazenda de onde vinham.

Em 1934 foi fundada a ABCCRM, Associação Brasileira de Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga. Anteriormente tinha havido uma notável migração de parte da Família Junqueira para São Paulo em busca de melhores terras e riqueza. Chegando em novo solo, com topografia diferente, cultura diferente, onde a caçada ao veado era diferente, os Junqueiras decidiram adaptar os seus cavalos através do uso de sangue de outras raças de trote como o Morgan, American Saddle Horse e Hackney entre outras.

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Devido à inevitável diferença que estava surgindo entre os criadores de Mangalarga de São Paulo e de Minas, foi fundada em 1949 uma Associação, a ABCCMM. Esta Associação teve origem a partir de uma dissidência de criadores que não concordavam com os preceitos estabelecidos pela ABCCRM e teve como objetivo principal a manutenção da Marcha Tríplice Apoiada.

Atualmente o Mangalarga Marchador desponta como uma das maiores raças em quantidade de animais e associados, preço e retorno do capital investido, número de leilões e eventos relativos à eqüinocultura. Só nos resta assim amar cada vez mais esse cavalo pelo seu conforto na montada, rusticidade de criação, seriedade e maneabilidade quando de sua lida, motivo principal que o levou a ultrapassar todas as fronteiras conhecidas, passando esse cavalo a ter reconhecimento e interesse internacional.

Padrão da Raça

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Porte médio, ágil, estrutura forte e bem proporcionada, expressão vigorosa e sadia, visualmente leve na aparência, pele fina e lisa, pelos finos, lisos e sedosos, temperamento ativo e dócil.

Aparência Geral

Altura

Para machos a ideal é de 1,52m, admitindo-se para o registro definitivo a mínima de 1,47m e a máxima de 1,57m. Para fêmeas a ideal é de 1,46m, admitindo-se para o registro definitivo a mínima de 1,40m e a máxima de 1,54m.

Cabeça e Pescoço Padrão da Raça

  • Forma: triangular, bem delineada, média e harmoniosa, fronte larga e plana;

  • Perfil: retilíneo na fronte e de retilíneo a sub-côncavo no chanfro;

  • Olhos: afastados e expressivos, grandes, salientes, escuros e vivos, pálpebras finas e flexíveis;

  • Orelhas: médias, móveis, paralelas, bem implantadas, dirigidas para cima, de preferência com as pontas ligeiramente voltadas para dentro;

  • Garganta: larga e bem definida;

  • Boca: de abertura média, lábios finos, móveis e firmes;

  • Narinas: grandes, bem abertas e flexíveis;

  • Ganachas: afastadas e descarnadas.

Pescoço

De forma piramidal, leve em sua aparência geral, proporcional, oblíquo, de musculatura forte, apresentando equilíbrio e flexibilidade, com inserções harmoniosas, sendo a do tronco no terço superior do peito, admitindo-se, nos machos, ligeira convexidade na borda dorsal – como expressão de caráter sexual secundário – crinas ralas, finas e sedosas.

Tronco

  • Cernelha: bem definida e saliente, longa, proporcionando boa direção à borda dorsal do pescoço;

  • Peito : profundo, largo, musculoso e não saliente;

  • Costelas: longas, arqueadas, possibilitando boa amplitude torácica e capacidade respiratória;

  • Dorso: de comprimento médio, reto, musculado, proporcional, harmoniosamente ligado à cernelha e ao lombo;

  • Lombo: curto, reto, proporcional, harmoniosamente ligado ao dorso e à garupa, coberto por forte massa muscular;

  • Ancas: simétricas, proporcionais e bem musculadas;

  • Garupa: longa, proporcional, musculosa, levemente inclinada, com a tuberosidade sacral pouco saliente e de altura não superior à da cernelha;

  • Cauda: de inserção média, bem implantada, sabugo curto, firme, dirigido para baixo, de preferência com a ponta ligeiramente voltada para cima quando o animal se movimenta. Cerdas finas, ralas e sedosas.

Membros Anteriores

  • Espáduas: longas, largas, oblíquas, musculadas, bem implantadas, apresentando amplitude de movimentos;

  • Braços: longos, musculosos, bem articulados e oblíquos;

  • Antebraços: longos, musculosos, bem articulados, retos e verticais;

  • Joelhos: largos, bem articulados e na mesma vertical do antebraço;

  • Canelas: retas, curtas, descarnadas, verticais, com tendões fortes e bem delineados;

  • Boletos: definidos e bem articulados;

  • Quartelas: de comprimento médio, fortes, oblíquas e bem articuladas;

  • Cascos: médios, sólidos, escuros e arredondados.

  • Aprumos: corretos.

Membros Posteriores

  • Coxas: musculosas e bem inseridas;

  • Pernas: fortes, longas, bem articuladas e aprumadas;

  • Jarretes: descarnados, firmes, bem articulados e aprumados;

  • Canelas: retas, curtas, descarnadas, verticais, com tendões fortes e bem delineadas;

  • Boletos: definidos e bem articulados;

  • Quartelas: de comprimento médio, fortes, oblíquas e bem articuladas;

  • Cascos: médios, escuros e arredondados;

  • Aprumos: corretos.

O que se espera de um excelente cavalo Mangalarga Marchador

  • Andamento marchado, simétrico, de baixa velocidade, em quatro tempos, com apoio alternado dos bípedes laterais e diagonais, sempre intercalados por tempo de tríplice apoio;

  • Excelente impulsão dos membros posteriores do animal;

  • Excelente enquadramento da cabeça no pescoço e o conjunto enquadrado na massa corpórea do animal;

  • Movimentação regular, elástica, equilibrada, com avanço sempre em diagonal e boa flexibilidade de articulações;

  • Andamento em Tríplice Apoio provando seu conforto devido essa regularidade e triangulação de patas.

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